Ernando lamenta lesão de Bolaños, mas não vê maldade de William

Ernando, do Inter, reconhece que Gre-Nal foi
ríspido (Foto: Diego Guichard/GloboEsporte.com)


Logo com três minutos de jogo, no Gre-Nal deste domingo, o atacante Bolaños e o lateral William disputaram a bola no lado esquerdo de ataque tricolor. O defensor colorado acabou atingindo o equatoriano com o cotovelo, provocando uma fratura no rosto do adversário. O camisa 23 gremista terá que passar por cirurgia e ficará até 30 dias afastado. Apesar da forte dividida, o zagueiro Ernando, do Inter, não viu maldade do companheiro. Na sua opinião, William estava apenas tentando proteger a bola.

- O Gre-Nal é um jogo sempre disputado, viril, com muita imposição física. Infelizmente, houve alguns lances mais fortes. O caso do William repercutiu muito, o Rodrigo Dourado também sofreu uma entrada violenta. Mas, no meu ver, no caso do William, foi um lance forte, mas, se ele fosse de corpo mole, o próprio Bolaños teria empurrado ele e o William ia atingir a placa de publicidade. Ele usou o corpo para proteger, tanto que o juiz deu falta para a nossa equipe. No meu modo de ver, foi um lance forte, mas sem nenhuma maldade do William.

Infelizmente, aconteceu esse caso com o Bolaños, a gente ficou chateado, porque é um colega de profissão que vai ficar um tempo parado. A gente torce para que a cirurgia dele vá bem, que ele tenha uma boa recuperação - disse o jogador, em entrevista ao "Seleção SporTV".

Ernando reconhece que houve poucas grandes jogadas no clássico, mas afirmou que a partida já começou tensa e que o Inter não poderia diminuir a intensidade nas divididas de bola.

- Na minha concepção, a partir do momento em que o adversário propõe um jogo forte, a gente também tem que colocar o pé-de-ferro, tem que marcar forte também. Com um minuto de jogo, o lateral deles já empurrou o Artur e começou um princípio de confusão. A gente viu que eles estavam querendo um jogo de muita marcação, de empurra-empurra.

Nós fomos para o jogo igual. Se eles colocam o pé alto, a nossa equipe tem que colocar também. Gre-Nal é sempre ríspido, duro, e a marcação prevalece. Realmente, faltou um pouco mais de bola no chão, jogadas trabalhadas. Mas, durante o decorrer do Campeonato Gaúcho e da Primeira Liga, ambos os times vão melhorar tecnicamente e os próximos Gre-Nais podem ser melhores.

O zagueiro declarou que a orientação do Internacional no clássico era marcar forte o Grêmio, para conter a empolgação do Tricolor após a goleada por 4 a 0 sobre a LDU, pela Libertadores.

- Toda semana de Gre-Nal movimenta bem os bastidores, tem treinamento fechado de ambos os lados. Foi uma semana intensa, a gente sabia que seria um jogo difícil, porque o Grêmio vinha de um resultado positivo na Libertadores, uma goleada. O torcedor do Grêmio estava eufórico, tanto que bateram recorde na Arena. Nossa equipe se preparou bem para o jogo, fizemos um jogo duro. Não tivemos tantas chances reais de gol. Nossa equipe buscou marcar forte e explorar os contra-ataques. Nossa equipe conteve o ímpeto do Grêmio no primeiro tempo e, no segundo tempo, o jogo ficou um pouco mais aberto.

Ernando também defendeu o companheiro de zaga, Paulão, que recebeu cartão vermelho após disputa de bola com Henrique Almeida. O atacante do Grêmio cometeu falta no jogador colorado, que revidou.

- Queria comentar o lance do Henrique em cima do Paulão. Se um zagueiro tivesse dado um carrinho por trás no atacante, com certeza a gente seria expulso. No caso, o árbitro só deu o cartão vermelho para o Paulão. Ficou meio estranha a situação. Se fosse para expulsar, teria que expulsar os dois jogadores. O jogo ficou marcado por essas jogadas violentas, mas também teve futebol, também teve jogadas trabalhadas. Mas, para a gente, não ter saído com a derrota foi importante. A gente fez uma marcação dura e não ficou lá atrás. No segundo tempo, a gente ficou com uma boa posse de bola, conseguiu fazer umas boas jogadas e as nossa equipe suportou bem.

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