Este ano, o que eu mais quero que o meu time ganhe o Estadual. Não precisa mais nada”. Pode parecer uma insanidade qualquer torcedor dizer isso hoje, mas ganhar o Campeonato Estadual era muito mais importante do que vencer o Campeonato Brasileiro e até mesmo a Copa Libertadores. Isso acontecia até meados dos anos 1990 – ou final dos anos 1980 -, quando os clubes faziam de tudo para derrotar os seus rivais mais próximos e os torneios em casa tomavam mais do que a metade do calendário do nosso futebol.
Atualmente, mesmo com torcedores e dirigentes dizendo que os Estaduais não são prioridade, eles ainda causam estragos em caso de más campanhas ou derrotas para algum rival histórico. No ano passado, por exemplo, dos 20 times que disputaram a Série A do Brasileiro, nada menos do que seis equipes - Coritiba, Palmeiras, Ponte Preta, Sport, Vasco e Vitória - trocaram seus técnicos antes do início dessa competição, motivados por maus resultados nos certames Estaduais
Considero o Sport um caso emblemático disso. No final de 2016, quando os pernambucanos viviam uma situação delicada na Série A do Brasileiro, os dirigentes colocaram como técnico o auxiliar Daniel Paulista. O profissional, que também foi volante do time e conhece bem os bastidores do clube, conseguiu salvar a equipe do descenso. Efetivado como treinador para 2017, ele foi demitido já no início do ano. Com os dirigentes alegando que técnico não conseguia vitórias nos clássicos pernambucanos – contra o Santa Cruz e o Náutico, que acabaram de ser rebaixados para a Série C –, tiraram Daniel Paulista do cargo de treinador e ele voltou ao posto de auxiliar.
Depois das passagens fracassadas de Ney Franco e Vanderlei Luxemburgo, o Leão ficou outra vez ameaçado pelo rebaixamento no Nacional. Sem outra alternativa, os dirigentes chamaram o bombeiro outra vez e ele acabou mantendo o Sport de novo na primeira divisão. Se Daniel Paulista continuasse desde o início da temporada, o time pernambucano faria uma campanha bem mais tranquila e não se livraria do risco da degola apenas na última rodada? Muito provavelmente. Agora, para 2018, Daniel Paulista volta ao cargo de auxiliar, pois o Sport contratou Nelsinho Baptista para o cargo de treinador.
O Palmeiras no ano passado teve um ano ruim e jamais se acertou, muito pela má campanha que fez no Estadual, quando acabou perdendo logo no início um clássico para o Corinthians e principalmente por ter sido eliminado pela Ponte Preta na semifinal do Estadual - na casa do adversário sofreu uma derrota por 3 a 0.
Um dos poucos exemplos positivos – quase uma exceção nos últimos tempos - da influência do Estaduais está no Corinthians do ano passado. Comandado por um técnico novato, Fábio Carille, o time começou o Paulista não empolgando, mas depois de vencer o - o já citado - clássico contra o Palmeiras ganhou a confiança necessária e deslanchou. Com uma defesa forte e eficiente nos contra-ataques, bateu seus adversários no Paulista, levantando a taça, e no Campeonato Brasileiro, passou todo o primeiro turno sem sofrer nenhuma derrota. No final, levantou a taça do Nacional com três rodadas de antecipação.
É preciso também citar Cruzeiro e Grêmio. Mesmo fracassando nos Estaduais, Mano Menezes (Cruzeiro) e Renato Portaluppi (Grêmio) – o Tricolor sequer disputou a decisão do Gaúcho – foram mantidos no cargo. Com Mano, o clube de Minas conquistou a Copa do Brasil e com Renato no banco, o Tricolor gaúcho levantou pela terceira vez o título da Libertadores e chegou à decisão do Mundial de Clubes.
Se forjam grandes campeões, o bom desempenho nos Estaduais pode enganar. Desde de 2006, quando o torneio começou a ser disputado em pontos corridos, com 20 times, vários campeões estaduais foram rebaixados, poucos meses depois de darem voltas olímpicas em seus quintais.
Com os gritos de “O respeito voltou!”, o Vasco conquistou o título de campeão carioca de 2015, mas, no final da temporada, já com mudanças no elenco, o time retornava para a Série B do Brasileiro pela terceira vez. Em 2016, o Internacional festejou a conquista do Campeonato Gaúcho, começou o Brasileiro muito bem, chegou a liderar a tabela, mas mesmo com um elenco caro acabou rebaixado. O Santos, que setes vezes ganhou o Paulista desde 2006, não ganhou nenhuma vez o Brasileirão, mesmo vencendo a Copa do Brasil (2010) e a Libertadores (2011).
Os Estaduais tiveram grande importância na história do nosso futebol - eles precisam mudar para continuar tendo relevância - mas, mesmo sem o prestígio que tiveram por muito tempo, eles ainda determinam - muito mais do que deveriam - como será o ano dos clubes.
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Considero o Sport um caso emblemático disso. No final de 2016, quando os pernambucanos viviam uma situação delicada na Série A do Brasileiro, os dirigentes colocaram como técnico o auxiliar Daniel Paulista. O profissional, que também foi volante do time e conhece bem os bastidores do clube, conseguiu salvar a equipe do descenso. Efetivado como treinador para 2017, ele foi demitido já no início do ano. Com os dirigentes alegando que técnico não conseguia vitórias nos clássicos pernambucanos – contra o Santa Cruz e o Náutico, que acabaram de ser rebaixados para a Série C –, tiraram Daniel Paulista do cargo de treinador e ele voltou ao posto de auxiliar.
Depois das passagens fracassadas de Ney Franco e Vanderlei Luxemburgo, o Leão ficou outra vez ameaçado pelo rebaixamento no Nacional. Sem outra alternativa, os dirigentes chamaram o bombeiro outra vez e ele acabou mantendo o Sport de novo na primeira divisão. Se Daniel Paulista continuasse desde o início da temporada, o time pernambucano faria uma campanha bem mais tranquila e não se livraria do risco da degola apenas na última rodada? Muito provavelmente. Agora, para 2018, Daniel Paulista volta ao cargo de auxiliar, pois o Sport contratou Nelsinho Baptista para o cargo de treinador.
O Palmeiras no ano passado teve um ano ruim e jamais se acertou, muito pela má campanha que fez no Estadual, quando acabou perdendo logo no início um clássico para o Corinthians e principalmente por ter sido eliminado pela Ponte Preta na semifinal do Estadual - na casa do adversário sofreu uma derrota por 3 a 0.
Um dos poucos exemplos positivos – quase uma exceção nos últimos tempos - da influência do Estaduais está no Corinthians do ano passado. Comandado por um técnico novato, Fábio Carille, o time começou o Paulista não empolgando, mas depois de vencer o - o já citado - clássico contra o Palmeiras ganhou a confiança necessária e deslanchou. Com uma defesa forte e eficiente nos contra-ataques, bateu seus adversários no Paulista, levantando a taça, e no Campeonato Brasileiro, passou todo o primeiro turno sem sofrer nenhuma derrota. No final, levantou a taça do Nacional com três rodadas de antecipação.
É preciso também citar Cruzeiro e Grêmio. Mesmo fracassando nos Estaduais, Mano Menezes (Cruzeiro) e Renato Portaluppi (Grêmio) – o Tricolor sequer disputou a decisão do Gaúcho – foram mantidos no cargo. Com Mano, o clube de Minas conquistou a Copa do Brasil e com Renato no banco, o Tricolor gaúcho levantou pela terceira vez o título da Libertadores e chegou à decisão do Mundial de Clubes.
Se forjam grandes campeões, o bom desempenho nos Estaduais pode enganar. Desde de 2006, quando o torneio começou a ser disputado em pontos corridos, com 20 times, vários campeões estaduais foram rebaixados, poucos meses depois de darem voltas olímpicas em seus quintais.
Com os gritos de “O respeito voltou!”, o Vasco conquistou o título de campeão carioca de 2015, mas, no final da temporada, já com mudanças no elenco, o time retornava para a Série B do Brasileiro pela terceira vez. Em 2016, o Internacional festejou a conquista do Campeonato Gaúcho, começou o Brasileiro muito bem, chegou a liderar a tabela, mas mesmo com um elenco caro acabou rebaixado. O Santos, que setes vezes ganhou o Paulista desde 2006, não ganhou nenhuma vez o Brasileirão, mesmo vencendo a Copa do Brasil (2010) e a Libertadores (2011).
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