A falta de vitórias

Não quero me tornar um mero palpiteiro ao examinar a segunda partida do Grêmio no Gauchão, sem vitórias. Quero me valer da experiência que tive em vários anos de vestiário e de trabalho no clube. Isso não quer dizer que a opinião de quem nunca entrou dentro de um vestiário não possa ter valor. Mas, na imensa maioria das vezes, é uma manifestação distante da realidade.



Fiz todo esse preâmbulo para tentar expor aos nossos leitores que a falta de vitórias não se trata, pura e simplesmente, de imaturidade dos jovens atletas. Ao final da primeira rodada, teci elogios ao treinador César Bueno pela maneira, como entendi, com que a equipe havia jogado. Marcara bem, trocara passes e admiti, inclusive, que havia deixado de vencer a partida pela inexperiência.

Nesta segunda rodada, pode até ter havido um pouco de falta de experiência. Mas não quero crer que tenha sido essa a razão determinante para a derrota, da forma que ocorreu. O Grêmio jogava bem, vencia por 3 a 1, tinha o controle do jogo e pareceu ter subestimado o adversário.

O técnico, creio que também por alguma inexperiência ou imaturidade, não manteve seu próprio desempenho. Mas mostrou, pelos bons momentos das duas partidas, que possui virtudes e que necessita fazer sua equipe cumprir atuações com regularidade dentro do próprio jogo.

É preciso orientar

Se o Grêmio sofreu cinco gols por desatenção, como ele mesmo afirmou, cabe a Bueno orientar seus jovens atletas. Mas penso que todos podem estar no caminho certo, apesar da derrota. Inclusive o treinador que, amadurecendo, vai fazer seus atletas evitarem uma virada em casa.

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