Poucos minutos do treino gremista desta sexta-feira foram liberados para a imprensa
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Vencer o Gre-Nal deste domingo não é uma boa para o Grêmio. Não é fácil dizer isso, é dolorido, mas tenho minhas razões. O ideal, para o restante da temporada, é perdermos ou, no máximo, conquistarmos um empatezinho chorado daqueles em que tiramos bolas em cima da linha do gol, tomamos carimbadas na trave, um sufoco atrás do outro, digno de ficar com as calças na mão. Enfim, o típico resultado que nos leva a dizer: "Tivemos mais sorte do que juízo”.
Não estou delirando, passo a argumentar a leitura de que, neste momento específico, um vitória não seria o melhor para o nosso tricolor. Em primeiríssimo lugar, porque seria um resultado enganoso.
Em caso de conquista dos três pontos, dentro do Beira-Rio, antevejo Rui Costa estufando o peito na entrevista coletiva (sim, desta vez ele vai aparecer para falar aos torcedores) para dizer que o Grêmio está no caminho certo, que o projeto da direção existe, é visionário, mas até agora não foi compreendido pelas mentes rasas dos críticos.
Ele dirá que o torcedor é passional, e nada melhor do que uma vitória em clássico para mudar radicalmente o rumo de tudo, e nos fazer acreditar cegamente que temos um time de verdade e que tudo vai bem pelos lados da Arena.
Depois virá Romildo Tatcher Bolzan, em êxtase após vencer o seu primeiro clássico como presidente do clube. Aliviado, com toneladas a menos de responsabilidade sobre os seus ombros, imagino que desdenhará dos críticos, insinuará que a imprensa é colorada, tocará flauta no Inter e dirá, com todas as letras: vencemos um time que disputa a Libertadores, que gastou uma fortuna incalculável para montar a equipe, que aplica o triplo do que nós em folha de pagamento.
Qual será a conclusão de Tatcher? Estamos no caminho certo, a proposta de austeridade em primeiro lugar já mostra seus resultados, temos um grupo qualificado, contamos com uma linhagem de jovens talentos e usamos o Gauchão para fazer testes. Por fim, creio ele dirá: reforços? Quem sabe mais adiante, em maio, mas o jogo de hoje mostrou que não se fazem urgentes as contratações.
Uma vitória do Grêmio agora servirá apenas para acomodar os interesses políticos e econômicos da atual direção do clube.
Os problemas serão empurrados com a barriga, faremos vista grossa, nos deixaremos enganar soberbamente, e aí precisaremos de mais algumas semanas ou meses, quem sabe somente depois da perda do Gauchão e de um início ruim no Brasileirão, para perceber que o time é ruim demais, o pior dos últimos 10 anos, e que precisamos desesperadamente contratar em todos os setores para evitar a desgraça. Poderá ser tarde demais?
Se o meu coração deixasse, eu pararia diante da TV no domingo e torceria pela derrota do Grêmio. Embora tenha convicção de que vencer não será o melhor para o futuro, não consigo aplicar esse pragmatismo na hora do jogo. Aí é o coração que fala mais alto, e jamais queremos perder para ninguém, muito menos para eles. Se meu coração deixasse…mas ele não deixa. Te ergue e vai em frente, Grêmio!
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Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Vencer o Gre-Nal deste domingo não é uma boa para o Grêmio. Não é fácil dizer isso, é dolorido, mas tenho minhas razões. O ideal, para o restante da temporada, é perdermos ou, no máximo, conquistarmos um empatezinho chorado daqueles em que tiramos bolas em cima da linha do gol, tomamos carimbadas na trave, um sufoco atrás do outro, digno de ficar com as calças na mão. Enfim, o típico resultado que nos leva a dizer: "Tivemos mais sorte do que juízo”.
Não estou delirando, passo a argumentar a leitura de que, neste momento específico, um vitória não seria o melhor para o nosso tricolor. Em primeiríssimo lugar, porque seria um resultado enganoso.
Em caso de conquista dos três pontos, dentro do Beira-Rio, antevejo Rui Costa estufando o peito na entrevista coletiva (sim, desta vez ele vai aparecer para falar aos torcedores) para dizer que o Grêmio está no caminho certo, que o projeto da direção existe, é visionário, mas até agora não foi compreendido pelas mentes rasas dos críticos.
Ele dirá que o torcedor é passional, e nada melhor do que uma vitória em clássico para mudar radicalmente o rumo de tudo, e nos fazer acreditar cegamente que temos um time de verdade e que tudo vai bem pelos lados da Arena.
Depois virá Romildo Tatcher Bolzan, em êxtase após vencer o seu primeiro clássico como presidente do clube. Aliviado, com toneladas a menos de responsabilidade sobre os seus ombros, imagino que desdenhará dos críticos, insinuará que a imprensa é colorada, tocará flauta no Inter e dirá, com todas as letras: vencemos um time que disputa a Libertadores, que gastou uma fortuna incalculável para montar a equipe, que aplica o triplo do que nós em folha de pagamento.
Qual será a conclusão de Tatcher? Estamos no caminho certo, a proposta de austeridade em primeiro lugar já mostra seus resultados, temos um grupo qualificado, contamos com uma linhagem de jovens talentos e usamos o Gauchão para fazer testes. Por fim, creio ele dirá: reforços? Quem sabe mais adiante, em maio, mas o jogo de hoje mostrou que não se fazem urgentes as contratações.
Uma vitória do Grêmio agora servirá apenas para acomodar os interesses políticos e econômicos da atual direção do clube.
Os problemas serão empurrados com a barriga, faremos vista grossa, nos deixaremos enganar soberbamente, e aí precisaremos de mais algumas semanas ou meses, quem sabe somente depois da perda do Gauchão e de um início ruim no Brasileirão, para perceber que o time é ruim demais, o pior dos últimos 10 anos, e que precisamos desesperadamente contratar em todos os setores para evitar a desgraça. Poderá ser tarde demais?
Se o meu coração deixasse, eu pararia diante da TV no domingo e torceria pela derrota do Grêmio. Embora tenha convicção de que vencer não será o melhor para o futuro, não consigo aplicar esse pragmatismo na hora do jogo. Aí é o coração que fala mais alto, e jamais queremos perder para ninguém, muito menos para eles. Se meu coração deixasse…mas ele não deixa. Te ergue e vai em frente, Grêmio!
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