Grêmio estuda medidas por melhor arbitragem no Brasileirão (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)
Polêmica, indignação e reclamações sobre decisões da arbitragem diante da perda de pontos importantes para as pretensões do Grêmio no Brasileirão ditaram o discurso do diretor executivo Rui Costa no último sábado, após a derrota por 2 a 1 de virada para o Palmeiras, no Pacaembu, pela 28ª rodada do Brasileirão. Tom que também foi adotado pelo dirigente no dia 12 de outubro de 2013, depois do empate em 1 a 1 com o Fluminense, no Maracanã, justamente na mesma rodada da competição.
Um ano mais tarde, cenários e alvos da revolta são distintos, mas o levante contra os homens do apito se mantém inalterado.
- Existem vários erros sendo cometidos. Temos jogos em que os erros foram preponderantemente contra nós. Me lembro do jogo contra o Fluminense, fora (em 2013). Do jogo contra o São Paulo e, mais recentemente, contra o Palmeiras. Jogos em que entendemos de forma muito clara que houve atuação decisiva da arbitragem para que o resultado viesse a ocorrer. Em um campeonato tão disputado, em que a cada rodada há uma decisão, quando se perde no campo por questões que são alheias, que não se resolvem desportivamente por um equívoco da arbitragem, isso tem um peso muito grande, porque se perde uma situação que pode te colocar na disputa de um título. Quanta custa isso? Qual é o prejuízo para o nosso torcedor? O prejuízo é muito grande - criticou o dirigente em sua sala na área administrativa do Estádio Olímpico, em entrevista ao GloboEsporte.com, na segunda-feira.
O jogo contra o Fluminense, citado pelo diretor executivo, ocorreu no ano passado. A revolta tinha como foco o assistente Herman Brumel Vani, que assinalou impedimento sobre Kleber Gladiador, mesmo com o atacante partindo de seu campo de defesa após lançamento de Bressan. O Grêmio vencia por 1 a 0, e poderia ampliar a vantagem. No lance seguinte, Rafael Sobis igualou o placar.
À época, o Grêmio chegou a cogitar levar o discurso irritado da beira do campo aos gabinetes da Confederação Brasileira de Futebol, por uma "arbitragem de melhor nível". O protesto formal, no entanto, não foi levado adiante.
- Um erro crasso, inadmissível. Qualquer criança de seis anos sabe que não existe impedimento quando você parte de seu campo. E nós não vamos admitir isso. É sempre com os bandeiras. Tem muita pressão. Daqui a pouco, o Renato vai ter que começar a reclamar, eu vou ter que dar entrevistas polêmicas, começar a invadir campo... Vamos fazer o que for necessário para defender o Grêmio. Se eu tiver que perder a voz aqui, vou perder. Se tivermos que fazer um encaminhamento oficial à comissão por uma arbitragem de alto nível... não são erros de interpretação. São erros conceituais - declarou o dirigente em tom de revolta, em outubro do ano passado.
Já neste ano, a principal bronca surgiu após o jogo contra o Palmeiras. As manifestações se voltaram contra o árbitro Sandro Meira Ricci, que expulsou o centroavante Barcos no começo do segundo tempo, quando o Tricolor vencia por 1 a 0 e, depois, acabou sofrendo a virada. O dirigente chegou a invadir o gramado para reclamar com a arbitragem, fato que foi relatado em súmula.
Mais ponderado, 48 horas depois da partida, Rui volta a levantar a possibilidade de concretizar uma queixa formal à CBF, mas prefere esperar um posicionamento dos advogados do clube antes de cogitar medidas a serem tomadas. Reconhece, ainda, que pode receber uma possível punição pela sua atitude.
- Conversamos depois do jogo sobre isso. Tem que conversar com nosso jurídico. Não sei se juridicamente há algo a ser feito. Eu respeito muito a arbitragem brasileira. Nós já tivemos e temos grandes árbitros, mas o Campeonato Brasileiro precisa que as arbitragens tenham mais foco e regularidade e que não se deixem se levar tanto pela questão ambiental. Eu tentei conduzir da melhor maneira possível, mas não há como calar, como ficar quieto diante de uma injustiça desse tamanho. Vou fazer o que tiver de fazer para que essa injustiça não venha a se repetir. Dentro do o cargo que eu exerço, vou fazer o que está a meu alcance - pondera Rui.
Dirigente cobra vigilância à arbitragem
Não bastassem as críticas ao desempenho de Sandro Meira Ricci no jogo do último sábado, o executivo cita ainda outras duas partidas em que aponta falhas do mesmo árbitro contra o Grêmio. Na edição passada do Brasileirão, na 23ª rodada, Alex Telles teve um gol mal anulado diante do Vitória, no Barradão. Neste ano, o dirigente alega que os dois gols marcados também pelo adversário baiano no triunfo por 2 a 1 sobre o Grêmio, na 13ª rodada, foram anotados de forma ilegal.
Ainda assim, evita dirigir a revolta apenas a Ricci e cobra maior "vigilância" à arbitragem em geral.
- A indignação não é em relação a ele, mas ao que as arbitragens equivocadas têm trazido para o Grêmio. Contra o São Paulo, ao final do jogo, os árbitros que foram decisivos ao apontar o pênalti (para o São Paulo) foram confraternizar na frente de todos com o Rogério Ceni. Eu pergunto: isso é adequado? Em um momento em que se discute tanto no futebol a adequação de conduta da torcida, em especial a do Grêmio, será que ele não tem que ter um bom senso em saber que não é um momento adequado? São essas coisas que nos preocupam. Assim como o Ricci sair no intervalo abraçado ao Dorival Júnior (no jogo com o Palmeiras). O dirigente não pode fazer a crítica pública, e o jogador não pode sequer questionar o árbitro. Será que não tem que ter essa mesma vigilância a outros agentes do espetáculo? - argumenta.
Barcos foi expulso contra o Palmeiras, no Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli)
Indignação vira combustível por vitórias
Segundo Rui Costa, os erros da arbitragem não tendem a desestabilizar a equipe para a sequência do campeonato. Pelo contrário. O executivo revela ter conversado com os atletas no vestiário, nesta segunda-feira, para transformar o clima de indignação em um alento a mais na busca pelo retorno ao G-4.

- O clima de indignação vai nos dar mais força ainda pra buscar o que a gente quer. Eu disse ontem e repito: ninguém vai privar o Grêmio e sua torcida de conquistar algo nesse campeonato. Seja Libertadores, seja eventualmente fazer alguma sombra ao Cruzeiro. O que não podemos é ser prejudicados nesse objetivo. Nós estamos todos muito motivados. O vestiário está pilhado. Vamos levar essa indignação para os próximos jogos que temos. Sem qualquer desalento - relata.
O dirigente ainda rechaça que tenha desviado o foco da atuação da equipe diante do Palmeiras ao direcionar as críticas à arbitragem.
- Não falaria sobre isso, não fosse a má arbitragem. Só estou comentando a arbitragem porque foi quase um consenso de que o Grêmio jogou bem. Eu não invadiria o campo, não reclamaria como reclamei para tirar o foco de uma atuação ruim. O Grêmio foi visivelmente prejudicado. Não há nenhuma tentativa de tirar o foco de campo - conclui.
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Polêmica, indignação e reclamações sobre decisões da arbitragem diante da perda de pontos importantes para as pretensões do Grêmio no Brasileirão ditaram o discurso do diretor executivo Rui Costa no último sábado, após a derrota por 2 a 1 de virada para o Palmeiras, no Pacaembu, pela 28ª rodada do Brasileirão. Tom que também foi adotado pelo dirigente no dia 12 de outubro de 2013, depois do empate em 1 a 1 com o Fluminense, no Maracanã, justamente na mesma rodada da competição.
Um ano mais tarde, cenários e alvos da revolta são distintos, mas o levante contra os homens do apito se mantém inalterado.
- Existem vários erros sendo cometidos. Temos jogos em que os erros foram preponderantemente contra nós. Me lembro do jogo contra o Fluminense, fora (em 2013). Do jogo contra o São Paulo e, mais recentemente, contra o Palmeiras. Jogos em que entendemos de forma muito clara que houve atuação decisiva da arbitragem para que o resultado viesse a ocorrer. Em um campeonato tão disputado, em que a cada rodada há uma decisão, quando se perde no campo por questões que são alheias, que não se resolvem desportivamente por um equívoco da arbitragem, isso tem um peso muito grande, porque se perde uma situação que pode te colocar na disputa de um título. Quanta custa isso? Qual é o prejuízo para o nosso torcedor? O prejuízo é muito grande - criticou o dirigente em sua sala na área administrativa do Estádio Olímpico, em entrevista ao GloboEsporte.com, na segunda-feira.
O jogo contra o Fluminense, citado pelo diretor executivo, ocorreu no ano passado. A revolta tinha como foco o assistente Herman Brumel Vani, que assinalou impedimento sobre Kleber Gladiador, mesmo com o atacante partindo de seu campo de defesa após lançamento de Bressan. O Grêmio vencia por 1 a 0, e poderia ampliar a vantagem. No lance seguinte, Rafael Sobis igualou o placar.
À época, o Grêmio chegou a cogitar levar o discurso irritado da beira do campo aos gabinetes da Confederação Brasileira de Futebol, por uma "arbitragem de melhor nível". O protesto formal, no entanto, não foi levado adiante.
- Um erro crasso, inadmissível. Qualquer criança de seis anos sabe que não existe impedimento quando você parte de seu campo. E nós não vamos admitir isso. É sempre com os bandeiras. Tem muita pressão. Daqui a pouco, o Renato vai ter que começar a reclamar, eu vou ter que dar entrevistas polêmicas, começar a invadir campo... Vamos fazer o que for necessário para defender o Grêmio. Se eu tiver que perder a voz aqui, vou perder. Se tivermos que fazer um encaminhamento oficial à comissão por uma arbitragem de alto nível... não são erros de interpretação. São erros conceituais - declarou o dirigente em tom de revolta, em outubro do ano passado.
Já neste ano, a principal bronca surgiu após o jogo contra o Palmeiras. As manifestações se voltaram contra o árbitro Sandro Meira Ricci, que expulsou o centroavante Barcos no começo do segundo tempo, quando o Tricolor vencia por 1 a 0 e, depois, acabou sofrendo a virada. O dirigente chegou a invadir o gramado para reclamar com a arbitragem, fato que foi relatado em súmula.
Mais ponderado, 48 horas depois da partida, Rui volta a levantar a possibilidade de concretizar uma queixa formal à CBF, mas prefere esperar um posicionamento dos advogados do clube antes de cogitar medidas a serem tomadas. Reconhece, ainda, que pode receber uma possível punição pela sua atitude.
- Conversamos depois do jogo sobre isso. Tem que conversar com nosso jurídico. Não sei se juridicamente há algo a ser feito. Eu respeito muito a arbitragem brasileira. Nós já tivemos e temos grandes árbitros, mas o Campeonato Brasileiro precisa que as arbitragens tenham mais foco e regularidade e que não se deixem se levar tanto pela questão ambiental. Eu tentei conduzir da melhor maneira possível, mas não há como calar, como ficar quieto diante de uma injustiça desse tamanho. Vou fazer o que tiver de fazer para que essa injustiça não venha a se repetir. Dentro do o cargo que eu exerço, vou fazer o que está a meu alcance - pondera Rui.
Dirigente cobra vigilância à arbitragem
Não bastassem as críticas ao desempenho de Sandro Meira Ricci no jogo do último sábado, o executivo cita ainda outras duas partidas em que aponta falhas do mesmo árbitro contra o Grêmio. Na edição passada do Brasileirão, na 23ª rodada, Alex Telles teve um gol mal anulado diante do Vitória, no Barradão. Neste ano, o dirigente alega que os dois gols marcados também pelo adversário baiano no triunfo por 2 a 1 sobre o Grêmio, na 13ª rodada, foram anotados de forma ilegal.
Ainda assim, evita dirigir a revolta apenas a Ricci e cobra maior "vigilância" à arbitragem em geral.
- A indignação não é em relação a ele, mas ao que as arbitragens equivocadas têm trazido para o Grêmio. Contra o São Paulo, ao final do jogo, os árbitros que foram decisivos ao apontar o pênalti (para o São Paulo) foram confraternizar na frente de todos com o Rogério Ceni. Eu pergunto: isso é adequado? Em um momento em que se discute tanto no futebol a adequação de conduta da torcida, em especial a do Grêmio, será que ele não tem que ter um bom senso em saber que não é um momento adequado? São essas coisas que nos preocupam. Assim como o Ricci sair no intervalo abraçado ao Dorival Júnior (no jogo com o Palmeiras). O dirigente não pode fazer a crítica pública, e o jogador não pode sequer questionar o árbitro. Será que não tem que ter essa mesma vigilância a outros agentes do espetáculo? - argumenta.
Barcos foi expulso contra o Palmeiras, no Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli)Indignação vira combustível por vitórias
Segundo Rui Costa, os erros da arbitragem não tendem a desestabilizar a equipe para a sequência do campeonato. Pelo contrário. O executivo revela ter conversado com os atletas no vestiário, nesta segunda-feira, para transformar o clima de indignação em um alento a mais na busca pelo retorno ao G-4.

- O clima de indignação vai nos dar mais força ainda pra buscar o que a gente quer. Eu disse ontem e repito: ninguém vai privar o Grêmio e sua torcida de conquistar algo nesse campeonato. Seja Libertadores, seja eventualmente fazer alguma sombra ao Cruzeiro. O que não podemos é ser prejudicados nesse objetivo. Nós estamos todos muito motivados. O vestiário está pilhado. Vamos levar essa indignação para os próximos jogos que temos. Sem qualquer desalento - relata.
O dirigente ainda rechaça que tenha desviado o foco da atuação da equipe diante do Palmeiras ao direcionar as críticas à arbitragem.
- Não falaria sobre isso, não fosse a má arbitragem. Só estou comentando a arbitragem porque foi quase um consenso de que o Grêmio jogou bem. Eu não invadiria o campo, não reclamaria como reclamei para tirar o foco de uma atuação ruim. O Grêmio foi visivelmente prejudicado. Não há nenhuma tentativa de tirar o foco de campo - conclui.
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