
Direção do Grêmio encaminha compra da Arena (Foto: Drone Service Brasil / DVG)
Os próximos 30 dias serão cruciais para um marco importante na história do Grêmio. Trata-se do período em que o Conselho Deliberativo do clube terá para receber e votar a proposta para a compra da gestão da Arena. Se a aquisição do equipamento é tratada pelos comandantes gremistas como o melhor caminho para a solução financeira, também acarretará mudanças gigantescas na administração do clube. Afinal, a instituição assumirá tarefas que até então eram geridas pela empreiteira OAS.
Assim que o contrato for aprovado pelo Conselho Deliberativo, o clube iniciará novo processo em busca de maior profissionalização. A primeira tarefa será a nomeação de comissão para operar o novo estádio. Novas ações estão previstas, mas ainda estão guardadas sob sigilo.
- Tudo mundo é consciente disso (que aumentará a demanda com a gestão do novo estádio). Vamos montar uma equipe profissional para trabalhar nisso. Eu diria que existem muitas ideias, cenários reservados que não podem ser divulgados agora e que serão colocados à tona no momento certo – afirma o vice-presidente Adalberto Preis.
- Foi vendido para o conselho do Grêmio que aquela casa velha (Olímpico) era inviável e que a nova (Arena) seria mais econômica. No entanto, é muito mais cara e difícil de ser operada. Requer engenhosidade. Vamos todos aprender com isso para ter a possibilidade de ter um estádio bem operado – completa o vice-presidente Nestor Hein.
Segundo Hein, a Arena é um estádio cerca de 60% mais caro da ser administrado em termos de funcionários em comparação com o Olímpico. Ao GloboEsporte.com, utilizou-se de um jogo de meio porte para projetar um comparativo.
- Em um jogo de porte médio no Olímpico nós conseguíamos cobrir todo Olímpico com cerca de 80 pessoas (contratadas pelo clube) para trabalhar com segurança, roletas e tudo o que era necessário. Em uma partida do mesmo padrão na Arena, precisamos de 210 pessoas para abrir os portões. O estádio é muito mais iluminado, a limpeza é mais rigorosa. Tudo gera um custo maior – explica o dirigente.
Fábio Koff, presidente do Grêmio no Conselho Deliberativo (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital)
O anúncio da compra do estádio foi realizado na tarde desta terça-feira no Salão Nobre. Sozinho na bancada, o presidente Fábio Koff explicou detalhes sobre a negociação e fez um discurso otimista. Tratou o feito como o grande marco da atual gestão.
– Se eu não tivesse participado de nenhuma vitória do Grêmio, o melhor que poderia realizar seria isso. O Grêmio passará a ser um dos clubes de maior patrimônio da América do Sul. Abre possibilidade de termos receitas engessadas em razão do contrato – aposta Koff.
Números na mesa
A Arena tem um valor estimado de R$ 700 milhões. Porém, o Grêmio utilizou-se do Olímpico e da valorização dos índices construtivos tanto da área do antigo estádio quanto da região da Arena para reduzir esse montante. No total, o clube pagará R$ 360 milhões, divididos em parcelas mensais durante 20 anos, além de entregar o Olímpico, avaliado em R$ 170 milhões. O momento mais complicado para o clube, em termos de dívida, será nos primeiros seis anos, quando o clube pagará um montante de R$ 24 milhões anuais, enquanto a OAS paga o financiamento que fez para construir o estádio junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
Passado esse período inicial, o valor dos pagamentos para a OAS terá redução significativa em pelo menos um terço. O pagamento será completado com o Olímpico, avaliado em R$ 170 milhões, somados com índices construtivos das áreas do Velho Casarão e da Arena.

- O Grêmio paga R$ 1,5 milhão por mês. Evidentemente que com a aquisição, há um aumento nesse valor, mas compatível com a receita do clube - ressalta Koff.
Com a gerência da gestão do estádio, o clube receberá na totalidade as verbas de bilheteria, que antes não chegava aos cofres do clube, além de camarotes do estádio.
Desafios
Como desafio, o clube tentará aumentar o público no estádio e tentar duplicar o número de associados – um dos pilares das campanhas de Romildo Bolzan e Homero Bellini, que são postulantes à presidência do clube para o biênio 2015/16. O sonho é angariar arrecadação próxima dos R$ 10 milhões mensais para o clube alcançar a autossustentação.
Grêmio e OAS estão em tratativas avançadas desde o dia 2 de junho, quando clube e empreiteira assinaram contrato de renegociação para a Arena. Na época, o clube lançou ação nomeada Operação Grêmio, cujo objetivo era de assumir a administração do estádio em até 12 meses. No entanto, Koff conseguiu reduzir esse período.

Segundo Fábio Koff, o Grêmio terá uma economia próxima aos R$ 300 milhões com o novo contrato. Inicialmente, os repasses eram de R$ 41 milhões. Procurado pelo GloboEsporte.com, o ex-presidente Paulo Odone preferiu não comentar sobre as alterações contratuais. O ex-dirigente foi idealizador e quem assinou a parceria com a OAS para a construção do estádio.
- Não posso comentar algo que não tenha conhecimento - resume.
De acordo com a o acordo inicial com empreiteira, o clube deve deixar de utilizar a estrutura do Olímpico em novembro. Com a entrega do CT Luiz Carvalho, já inaugurado, a diretoria deve concretizar a transferência completa das esferas administrativas e esportivas para o bairro Humaitá a partir do início da próxima temporada.
Arena do Grêmio vista de cima (Foto: Drone Service Brasil)
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Os próximos 30 dias serão cruciais para um marco importante na história do Grêmio. Trata-se do período em que o Conselho Deliberativo do clube terá para receber e votar a proposta para a compra da gestão da Arena. Se a aquisição do equipamento é tratada pelos comandantes gremistas como o melhor caminho para a solução financeira, também acarretará mudanças gigantescas na administração do clube. Afinal, a instituição assumirá tarefas que até então eram geridas pela empreiteira OAS.
Assim que o contrato for aprovado pelo Conselho Deliberativo, o clube iniciará novo processo em busca de maior profissionalização. A primeira tarefa será a nomeação de comissão para operar o novo estádio. Novas ações estão previstas, mas ainda estão guardadas sob sigilo.
- Tudo mundo é consciente disso (que aumentará a demanda com a gestão do novo estádio). Vamos montar uma equipe profissional para trabalhar nisso. Eu diria que existem muitas ideias, cenários reservados que não podem ser divulgados agora e que serão colocados à tona no momento certo – afirma o vice-presidente Adalberto Preis.
- Foi vendido para o conselho do Grêmio que aquela casa velha (Olímpico) era inviável e que a nova (Arena) seria mais econômica. No entanto, é muito mais cara e difícil de ser operada. Requer engenhosidade. Vamos todos aprender com isso para ter a possibilidade de ter um estádio bem operado – completa o vice-presidente Nestor Hein.
Segundo Hein, a Arena é um estádio cerca de 60% mais caro da ser administrado em termos de funcionários em comparação com o Olímpico. Ao GloboEsporte.com, utilizou-se de um jogo de meio porte para projetar um comparativo.
- Em um jogo de porte médio no Olímpico nós conseguíamos cobrir todo Olímpico com cerca de 80 pessoas (contratadas pelo clube) para trabalhar com segurança, roletas e tudo o que era necessário. Em uma partida do mesmo padrão na Arena, precisamos de 210 pessoas para abrir os portões. O estádio é muito mais iluminado, a limpeza é mais rigorosa. Tudo gera um custo maior – explica o dirigente.

O anúncio da compra do estádio foi realizado na tarde desta terça-feira no Salão Nobre. Sozinho na bancada, o presidente Fábio Koff explicou detalhes sobre a negociação e fez um discurso otimista. Tratou o feito como o grande marco da atual gestão.
– Se eu não tivesse participado de nenhuma vitória do Grêmio, o melhor que poderia realizar seria isso. O Grêmio passará a ser um dos clubes de maior patrimônio da América do Sul. Abre possibilidade de termos receitas engessadas em razão do contrato – aposta Koff.
Números na mesa
A Arena tem um valor estimado de R$ 700 milhões. Porém, o Grêmio utilizou-se do Olímpico e da valorização dos índices construtivos tanto da área do antigo estádio quanto da região da Arena para reduzir esse montante. No total, o clube pagará R$ 360 milhões, divididos em parcelas mensais durante 20 anos, além de entregar o Olímpico, avaliado em R$ 170 milhões. O momento mais complicado para o clube, em termos de dívida, será nos primeiros seis anos, quando o clube pagará um montante de R$ 24 milhões anuais, enquanto a OAS paga o financiamento que fez para construir o estádio junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
Passado esse período inicial, o valor dos pagamentos para a OAS terá redução significativa em pelo menos um terço. O pagamento será completado com o Olímpico, avaliado em R$ 170 milhões, somados com índices construtivos das áreas do Velho Casarão e da Arena.

- O Grêmio paga R$ 1,5 milhão por mês. Evidentemente que com a aquisição, há um aumento nesse valor, mas compatível com a receita do clube - ressalta Koff.
Com a gerência da gestão do estádio, o clube receberá na totalidade as verbas de bilheteria, que antes não chegava aos cofres do clube, além de camarotes do estádio.
Desafios
Como desafio, o clube tentará aumentar o público no estádio e tentar duplicar o número de associados – um dos pilares das campanhas de Romildo Bolzan e Homero Bellini, que são postulantes à presidência do clube para o biênio 2015/16. O sonho é angariar arrecadação próxima dos R$ 10 milhões mensais para o clube alcançar a autossustentação.
Grêmio e OAS estão em tratativas avançadas desde o dia 2 de junho, quando clube e empreiteira assinaram contrato de renegociação para a Arena. Na época, o clube lançou ação nomeada Operação Grêmio, cujo objetivo era de assumir a administração do estádio em até 12 meses. No entanto, Koff conseguiu reduzir esse período.

Segundo Fábio Koff, o Grêmio terá uma economia próxima aos R$ 300 milhões com o novo contrato. Inicialmente, os repasses eram de R$ 41 milhões. Procurado pelo GloboEsporte.com, o ex-presidente Paulo Odone preferiu não comentar sobre as alterações contratuais. O ex-dirigente foi idealizador e quem assinou a parceria com a OAS para a construção do estádio.
- Não posso comentar algo que não tenha conhecimento - resume.
De acordo com a o acordo inicial com empreiteira, o clube deve deixar de utilizar a estrutura do Olímpico em novembro. Com a entrega do CT Luiz Carvalho, já inaugurado, a diretoria deve concretizar a transferência completa das esferas administrativas e esportivas para o bairro Humaitá a partir do início da próxima temporada.

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