
Fábio Aurélio está morando no interior de São Paulo (Foto: Reginaldo Santos/EPTV)
Aos 35 anos, Fábio Aurélio tenta se acostumar com a vida de ex-jogador de futebol. Aposentado dos gramados desde dezembro de 2013, quando terminou seu contrato com o Grêmio, o ex-lateral-esquerdo se divide entre levar e buscar os filhos na escola, supervisionar o andamento da construção da nova casa e cuidar da chácara onde mora com a família, em São Carlos, no interior de São Paulo.
Revelado nas categorias de base do São Paulo, onde foi campeão paulista, o jogador não ficou muito tempo no time do Morumbi, antes de ser negociado com o Valencia-ESP, clube em que foi bicampeão espanhol e da Copa da Uefa - atual Liga Europa. Após seis anos no time espanhol, o lateral se transferiu para o Liverpool-ING, onde ficou por mais seis temporadas, vencendo a Supercopa da Inglaterra e a Copa da Liga Inglesa. Em 2013, o jogador chegou ao Grêmio, onde teve poucas oportunidades e acabou sendo afastado do elenco principal.
No retorno à cidade natal, após 12 anos fora, o ex-jogador deu um tempo em sua rotina diária para falar sobre o atual momento do futebol nacional, seleção brasileira, estrutura dos clubes europeus, aposentadoria, formação de novos laterais e também para revelar uma mágoa com a diretoria do Grêmio, seu último clube antes de deixar os gramados. Confira os principais trechos do bate-papo com o lateral.
GloboEsporte - Como você vê o atual momento do futebol brasileiro?
Fábio Aurélio - No Brasil, criou-se uma dúvida muito grande com o resultado da Copa. Questionou-se muito se o Brasil estava fazendo o trabalho da forma correta. O futebol brasileiro sempre foi respeitado lá fora [Europa], mas percebemos que de um tempo pra cá, isso já não acontecia tanto. Acho que o Brasil precisar repensar o que está sendo feito para recuperar o prestígio e o respeito de antes.
Fábio Aurélio atuando pelo LIverpool-ING; jogador defendeu clube inglês por seis temporadas (Foto: Getty Images)
GE - E a seleção brasileira, como você avalia esta fase após o desempenho na Copa do Mundo? Que momento é esse?
F.A. - Agora é um momento novo, de reformulação, onde todo mundo está pensando onde os erros foram cometidos e porque aconteceu esse vexame da seleção brasileira jogando em casa. Acho que muitas coisas estão sendo especuladas agora, mas é muito difícil de saber o que vai acontecer. O que eu tenho certeza é que o Brasil sempre teve e vai continuar tendo muito mais mão- de-obra do que os outros países, basta saber gerenciar e organizar isso da melhor forma possível para que dentro de campo isso seja comprovado.
GE - Você vê muita diferença do futebol europeu para o futebol brasileiro em termos de estrutura e organização?
F.A. - Acredito que tanto dentro de campo como fora dele, os jogadores lá fora são mais profissionais, as competições e os torcedores são mais valorizados e acho que tudo isso influencia na hora dos estádios estarem cheios. Aqui no Brasil melhorou um pouco com os novos estádios depois da Copa do Mundo, mas é algo que ainda podemos melhorar bastante.
GE - Como você avalia a atual safra de laterais-esquerdos do Brasil? Temos bons laterais?
F.A. - Acredito que no Brasil ainda existe uma carência tanto do lado esquerdo, quanto do lado direito. O Brasil sempre se destacou nessas posições, criando bons jogadores nas laterais, mas tanto nas laterais quanto no ataque o Brasil tem deixado a desejar na criação desses tipos de jogadores.
GE - Apesar das lesões, você está com 35 anos ainda. Não teria condições de continuar jogando? Não tem mais vontade de jogar?
F.A. - Vontade de jogar até dá. Eu fico acompanhando os resultados, os jogos e tenho aquele gostinho de que poderia estar jogando ainda e desfrutando daquilo que eu sempre gostei de fazer. Mesmo tendo parado eu continuo jogando com os amigos.
GE - Seu último clube foi o Grêmio, onde você não teve muitas oportunidades de jogar. Como foi sua passagem por lá e o que não deu certo?
F.A. - Tive um desgosto no Grêmio, que acabou influenciando para que eu tomasse essa decisão de parar um pouco antes do que eu esperava. Minha contratação foi indicada pelo Luxemburgo, mas após ele ser demitido eu fui colocado para treinar separado do restante dos atletas por imposição do presidente. Fiquei seis meses sem nem poder treinar com bola, só fazendo treinos físicos. Cheguei a procurar a direção do clube para tentar ser reintegrado ao grupo, mas não deixaram. Só não procurei outro clube na época porque meus filhos estavam matriculados na escola em Porto Alegre. Mas, essa situação me magoou muito e me fez tomar a decisão de me aposentar antes da hora.
Indicado por Luxemburgo, Fábio Aurélio teve poucas chances no Grêmio (Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)
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Aos 35 anos, Fábio Aurélio tenta se acostumar com a vida de ex-jogador de futebol. Aposentado dos gramados desde dezembro de 2013, quando terminou seu contrato com o Grêmio, o ex-lateral-esquerdo se divide entre levar e buscar os filhos na escola, supervisionar o andamento da construção da nova casa e cuidar da chácara onde mora com a família, em São Carlos, no interior de São Paulo.
Revelado nas categorias de base do São Paulo, onde foi campeão paulista, o jogador não ficou muito tempo no time do Morumbi, antes de ser negociado com o Valencia-ESP, clube em que foi bicampeão espanhol e da Copa da Uefa - atual Liga Europa. Após seis anos no time espanhol, o lateral se transferiu para o Liverpool-ING, onde ficou por mais seis temporadas, vencendo a Supercopa da Inglaterra e a Copa da Liga Inglesa. Em 2013, o jogador chegou ao Grêmio, onde teve poucas oportunidades e acabou sendo afastado do elenco principal.
No retorno à cidade natal, após 12 anos fora, o ex-jogador deu um tempo em sua rotina diária para falar sobre o atual momento do futebol nacional, seleção brasileira, estrutura dos clubes europeus, aposentadoria, formação de novos laterais e também para revelar uma mágoa com a diretoria do Grêmio, seu último clube antes de deixar os gramados. Confira os principais trechos do bate-papo com o lateral.
GloboEsporte - Como você vê o atual momento do futebol brasileiro?
Fábio Aurélio - No Brasil, criou-se uma dúvida muito grande com o resultado da Copa. Questionou-se muito se o Brasil estava fazendo o trabalho da forma correta. O futebol brasileiro sempre foi respeitado lá fora [Europa], mas percebemos que de um tempo pra cá, isso já não acontecia tanto. Acho que o Brasil precisar repensar o que está sendo feito para recuperar o prestígio e o respeito de antes.

GE - E a seleção brasileira, como você avalia esta fase após o desempenho na Copa do Mundo? Que momento é esse?
F.A. - Agora é um momento novo, de reformulação, onde todo mundo está pensando onde os erros foram cometidos e porque aconteceu esse vexame da seleção brasileira jogando em casa. Acho que muitas coisas estão sendo especuladas agora, mas é muito difícil de saber o que vai acontecer. O que eu tenho certeza é que o Brasil sempre teve e vai continuar tendo muito mais mão- de-obra do que os outros países, basta saber gerenciar e organizar isso da melhor forma possível para que dentro de campo isso seja comprovado.
GE - Você vê muita diferença do futebol europeu para o futebol brasileiro em termos de estrutura e organização?
F.A. - Acredito que tanto dentro de campo como fora dele, os jogadores lá fora são mais profissionais, as competições e os torcedores são mais valorizados e acho que tudo isso influencia na hora dos estádios estarem cheios. Aqui no Brasil melhorou um pouco com os novos estádios depois da Copa do Mundo, mas é algo que ainda podemos melhorar bastante.
GE - Como você avalia a atual safra de laterais-esquerdos do Brasil? Temos bons laterais?
F.A. - Acredito que no Brasil ainda existe uma carência tanto do lado esquerdo, quanto do lado direito. O Brasil sempre se destacou nessas posições, criando bons jogadores nas laterais, mas tanto nas laterais quanto no ataque o Brasil tem deixado a desejar na criação desses tipos de jogadores.
GE - Apesar das lesões, você está com 35 anos ainda. Não teria condições de continuar jogando? Não tem mais vontade de jogar?
F.A. - Vontade de jogar até dá. Eu fico acompanhando os resultados, os jogos e tenho aquele gostinho de que poderia estar jogando ainda e desfrutando daquilo que eu sempre gostei de fazer. Mesmo tendo parado eu continuo jogando com os amigos.
GE - Seu último clube foi o Grêmio, onde você não teve muitas oportunidades de jogar. Como foi sua passagem por lá e o que não deu certo?
F.A. - Tive um desgosto no Grêmio, que acabou influenciando para que eu tomasse essa decisão de parar um pouco antes do que eu esperava. Minha contratação foi indicada pelo Luxemburgo, mas após ele ser demitido eu fui colocado para treinar separado do restante dos atletas por imposição do presidente. Fiquei seis meses sem nem poder treinar com bola, só fazendo treinos físicos. Cheguei a procurar a direção do clube para tentar ser reintegrado ao grupo, mas não deixaram. Só não procurei outro clube na época porque meus filhos estavam matriculados na escola em Porto Alegre. Mas, essa situação me magoou muito e me fez tomar a decisão de me aposentar antes da hora.

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